QUANDO A VIDA SE RENOVA

Eu saio a caminhar contemplando o belo da natureza,

Os passos lentos, sem pressa e ninguém a me esperar.

O sol surgindo, por trás do oceano, tamanha é a beleza,

Gaivotas que voam se lançam nas águas a mergulhar.

Andantes que passam e que voltam do seu caminhar.

O velho carrega o peso do tempo, o novo a destreza,

Min’alma comigo caminha, ouvindo o bramido do mar.

Na pedra bem forte, um forte, o homem na rocha ergueu.

Alameda de arvores e armas, bancos, mesas e muralha,

Nas seguras construções, se encontram cafés e o museu.

Defesa forte em tempo de outrora, hoje nada atrapalha,

Adentrei na alameda, ao sentar-me, min’alma se espalha.

Encontro o novo e o velho, o novo vive e o velho morreu,

Com ele o fogo das armas e das almas, ateado à fornalha.

Da frondosa árvore vejo a folha caindo, vai indo ao chão,

Os galhos pelados, esfacelados, expostos ao forte vento.

O pássaro que chega dá um pulo, dois pulos, cantar? Não.

Todos se preparam em vestir à nova roupagem, o evento,

Da natureza e da vida, que trazem a vida um novo alento.

Sorriem os andante do tempo, min’alma e o meu coração,

A esperar que juntos possamos amanhã ter outro momento.

Rio, 27 de julho de 2008.

Feitosa dos Santos