No caos o cálice de suor frio
“A relva dita a cor das nuvens”.
Verso perdido no jornal fumacento.
Ausência de chuva.
Transparência sem contexto.
Entre a fumaça do automóvel,
o rosto macilento
de uma medusa quase musa.
“20 martelinhos pra dentro!”.
No caos o cálice de suor frio,
a pouca piedade em se sentir vazio.
O soco no fígado.
As lágrimas em cio.
Dentro da carcaça já sem brilho
o coração sem coragem de ser (in)feliz.