Dias e Dias

 

Há dias que se não tem a escada rolante, 

Se não tem o desejo de um sorvete 

Se não tem a vontade de um shopping 

Não afago o mundo com os meus passos. 

 

Há dias que bebo o rio e o mar morto

Há dias que estou num maior sufoco

Atropelo as horas e intalo com um sopro

Amasso a história de todo alvoroço,

Coloco num poço, poço.

Há outros tantos que pareço flutuar

Num mar de alegria vou a navegar 

Não quero saber o destino das braçadas 

Por mais comedida as vezes perco a calma.