Quem dera eu não fosse
Quem dera poder tocar o escuro do céu
Entre as estrelas
Quem dera passasse todas as eras enquanto
Parasse pra vê-las
Quem dera pudesse na altitude infinita
Poder dissipar
O que trago há muito pesando no Peito
Sem jamais passar,
Explodir meu horrores onde ninguém
Possa escutar...
Quem dera eu não poder entender estrelas
Quem dera não saber
Esse coração amar...
Quem dera
Um anjo me aparasse enquanto caio
Imerso em fogo mas por dentro frio
Quem dera
Olhos gigantes no escuro alem da Abóboda
Se abrisse
E me olhasse
E para mim sorrisse...
Quem dera eu nada sentisse
Quem dera meu Deus
Quem dera
Quem dera eu não fosse
Quem dera poder não ser
Eu de nada soubesse
Quem dera
Quem dera eu nada soubesse
Quem dera nenhum segredo a mim se revelasse
Quem dera isso parasse
E eu não visse mais
Nem olhos nem sorrisos
Que sei que não existem
Na mesma dimensão que eu
Mas que me apegam
E me acalentam
Como se de mim não desistissem...
Quem dera
Quem dera tudo isso fosse apenas uma sensação
Tal qual a ilusão
Da solidão
Quem dera...
Ah se eu gritasse e alguém, de aqui ou de além,
Respondesse
Ao meu grito perdido no infinito mais infinito dos infinitos...