SINFONIA DO DESALENTO
A música ecoou no horizonte distante
E o som anulou o tanger dos sinos
A Ave Maria rezada foi esquecida
Nas agruras de planetas em mendicância
Ruiu o templo, na indiferença ...
As pedras rolaram, mas não perderam o limo
As cantilenas das aves desfalecidas inverteram-se
Plúmbeo céu, de matizes gris,mitigou-se
O alvoreceu da vida não mais existe
Que cenário mais triste!
A orquestra resvalou no acorde da valsa
O balé invertido tropeçou quimeras
As primaveras foram olvidadas
Os invernos renasceram desnudos
A sinfonia irromper nos tímpanos das almas sós
Desalentou a vida, que finalizou jazente e atroz