Minha fraqueza

Morreu quando eu nasci

morreu minha fraqueza

minha fraqueza morreu

morreu quando eu chorei

quando o mundo me viu

viu o que podia ser visto

esse insignificante cisco

que não pode me conter

esse que teus olhos vislumbra

eu queria te dizer

que não sou eu

assim como a matéria

em ti animada

não é você

e sem você

ela não é nada

coisa como coisa

de importância insignificada

indona de si...

Minha fraqueza morreu quando eu nasci

minha fraqueza

é algo que não tem natureza...

Que não vive em mim

nem fora de mim

nem em lugar algum...

Minha fraqueza

inexiste

e tudo que sou

ainda falta muito para ser eu

eu não sou o que sou

sou o que fui

o que vou ser

sonhos e lembranças

luz e escuridão

ligadas pela espada da aliança

feita entre dia e noite

ponte indefinida

que gera uma luz colorida

numa hora em que é chegada

e ao mesmo tempo partida

onde as cores se misturam

em que a noite se vai

o dia se vem

o dia se vai

a noite se vem

tudo no mesmo instante

a união de todas as cores

e todos os matizes

nascido das trevas e das luzes

a um mar de esperanças..

Minha fraqueza morreu

não tenho tempo para lamentar

e se por acaso eu chorar

é como o choro de uma criança...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 02/06/2008
Reeditado em 03/06/2008
Código do texto: T1016941
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