ESPREGUIÇAR
Tudo o que se estende é sensual;
o místico, o mar, o ideal.
Alongar, cobrir,
criar, descobrir.
Recolher e repetir
como do sol o eterno renovar,
o oceano, a montanha,
o deserto, neve, fogo e ar,
impossíveis sem espreguiçar,
para o sol ter porque existir.
Enquanto a galáxia se espande
o pintinho a casca fende.
A criança,
crescendo se espreguiça,
como flôr amanhecendo.
À luz quente a pedra se estende
e o girassol se esguiça
quando a lua está ausente.
Neste eterno espreguiçar tão natural,
soa o estrondo silencioso da natureza,
espreguiçando, abrimos a repreza
da inevitável orgia universal.
Tudo o que se estende é sensual;
o místico, o mar, o ideal.
Alongar, cobrir,
criar, descobrir.
Recolher e repetir
como do sol o eterno renovar,
o oceano, a montanha,
o deserto, neve, fogo e ar,
impossíveis sem espreguiçar,
para o sol ter porque existir.
Enquanto a galáxia se espande
o pintinho a casca fende.
A criança,
crescendo se espreguiça,
como flôr amanhecendo.
À luz quente a pedra se estende
e o girassol se esguiça
quando a lua está ausente.
Neste eterno espreguiçar tão natural,
soa o estrondo silencioso da natureza,
espreguiçando, abrimos a repreza
da inevitável orgia universal.