NOITE DE SÁBADO

Noite de sábado,

saí!

Maquinalmente olhei

entre a multidão,

que quando aumenta se reduz.

Procurei,

mas tu não és daqui,

deste movimento,

desta meia-luz.

Desses que precisam beber

para sentir

fingindo,

forçando o rir

de sabor mal sentido

ou beijo mal acabado,

onde o que não acredita

força o pensamento mal pensado;

com atitude procurando

premeditada palavra.

Vitória em engano

de ritmo sem ouvido,

de dança nunca vibrada;

de sucos desejosos;

em beijos copiados;

de lavar de sexos

e espíritos frustrados.

Rosa DeSouza
Enviado por Rosa DeSouza em 31/05/2008
Código do texto: T1013239