O MAR E A MINHA SEREIA...

O MAR E MINHA SEREIA...

Estava eu a contemplar

As águas verdes do mar

A pensar que a natureza

Em algum momento restrito

Naquele mar infinito

Investiu toda a beleza.

Ora entretendo-me com as brumas

Depois olhando as espumas

Das ondas a quebrar na areia

E ao olhar a imensidão

Tive a nítida impressão

De avistar uma sereia.

Ativando a lucidez

Olhei pra o mar outra vez

Apreciando a paisagem

Pra que tivesse certeza

E explicar com clareza

Se era real ou miragem.

Era uma jovem morena

De suavidade amena

Que as águas verdes banhavam

As suas curvas redondas

Se confundindo com as ondas

Que devagar balançavam.

E eu igual a uma atalaia

Fiquei vigiando a praia

Como uma fiel sentinela

Só aguardando o momento

Que a correnteza e o vento

Deixasse-me bem perto dela.

E ali naquele abandono

A esperar deu-me sono

Me embriaguei nessa hora

Com o dançar daquela almeia

Quando acordei a sereia

Não estava mais, foi embora.

Autor: Carlos Alberto de Oliveira Aires

Carpina-PE, 20/05/2008

Contatos: euaires1@hotmail.com

(081) 3622-0948

Carlos Aires
Enviado por Carlos Aires em 25/05/2008
Reeditado em 13/09/2009
Código do texto: T1004319
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