FASCÍNIO

FASCÍNIO

Na quietude da casa, além das cortinas inquietas,

o pequeno quintal liberto acolhe o meu coração,

enquanto a mente divaga, formatando poesia

com pedaços de verdade!

O vento guia os meus sonhos e como é doce sonhar...,

quando a pura poesia suaviza as breves horas

no fluir de belos dias!

Vejo agora ao meu redor o meu sonho colorir,

com a chegada festiva de um gentil colibri,

em silenciosa acrobacia junto às suspensas flores

do alpendre de balizas.

De repente o colibri, num momento de magia,

paira no ar junto à flor, beijando-a ternamente!

Sem recusar as carícias, retribui-lhe a flor bela,

desfrutando o colibri, do seu beijo e do seu néctar.

Um vento frio no entanto, vagamente rouba o encanto,

levando o pequeno pássaro a outros céus,

deixando a florzinha triste, timidamente ao léu!

Deixo também o acalanto da varanda entre matizes,

e meu pensamento devolve a realidade esquecida.

Antenor Rosalino

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 23/05/2008
Reeditado em 28/04/2016
Código do texto: T1001823
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