Telurismo
O poeta
"Venho do fundo das Eras
Quando o mundo mal nascia...
Sou tão antigo e tão novo
Como a luz de cada dia !"
(Mário Quintana)
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Telurismo
Venho do fundo dos campos
Das noites de pirilampos
Sou tição que a chama acende
Tenho sangue que descende
Dos xirus que têm a crença
No amor a terra e civismo
Deste puro telurismo
Pelo torrão de nascença
Sinto no fundo da alma
Que meu peito se acalma
Quando fito a natureza
Vislumbro graça e beleza
Se respiro ar mais puro
Nas distâncias que percorro
Se a terra pede socorro
Luto pelo seu futuro
Detenho a crença plena
De que o porvir nos acena
Com sol bonito e brilhante
Que a Terra daqui por diante
Será melhor protegida
Por seus filhos mais amada
Mais querida e preservada
Por quem tem amor à vida.