Peão de estância
Gosto do bicho que berra
De campo a perder de vista
Nestes de minha conquista
Bem lá na beira da serra
A lida nunca se encerra
Encerro gado em mangueira
Peleio a semana inteira
Até o sol sumir na terra
Sou gaúcho, ando pilchado
De bombacha, bota, espora
No campo a qualquer hora
Pra isto estou preparado
Num pingo bem aperado
Sigo a trote no começo
Sem destino ou endereço
Reponto uma ponta de gado
Sou simples, sem arrogância
Nasci num fundão de campo
Nas noites de pirilampos
Começou a minha infância
Nunca pensei em ganância
Levanto de madrugada
Faço parte da boiada
Feliz, como peão de estância.
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