PÁTRIA MINHA

 

Basta vê-la sobre os lençóis azuis 

Relaxada e nua como um mapa do Brasil

Era como uma sereia linda no mar à espera de mãos febris

Enquanto eu me espremia em tormento como massa em funil 

 

As veias do meu corpo pulsam no ritmo do coração 

Ficam mais aparentes tal e qual um mapa hidrográfico na pele

O ar fluia desesperado dentro do pulmão 

Quietude no leito até que o tesão nela se revele 

Os montes claros apontam no peito em ebulição 

 

A transpiração nos cobre como esperados rios

Caudalosas cachoeiras de prazer preenchem nossas terras sulistas 

A minha bandeira hasteada sem controle quase irrigando

As terras subterrâneas e nobres dela ainda estavam minimalistas

 

O pomar dela logo se abre num clima de Verão 

O hino gemedor se insinua em coro ávido 

Esquecemos tudo e demos vazão à paixão sem eiras nem beiras

Ouviram-se os sons do Largo do Ipiranga ao Mato Grosso cálido 

Foi uma deliciosa invasão sem fronteiras

 

O leito depois dos descobrimentos e escavações 

Parecia um lago um tanto quanto assoreado 

Tomei posse de forma extrema e fui de maneira impávida maculado sem senões 

Repartimos a Pátria com um certo Município em aplausos num 'derrière' inchado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

* Fonte Google Tradutor - Derrière em francês significa nádegas, de trás, por trás 

 

* Antes que perguntem, o meu lado escritora é híbrido, às vezes vem no masculino, ora no feminino, do jeito que a inspiração vem, eu posto.

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 21/11/2024
Reeditado em 22/11/2024
Código do texto: T8201902
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.