Toque de farsa

Na noite densa, insônia me invade,

Um fogo arde, silencioso e bruto,

Desejo é chama, carência, um grito mudo,

Teu corpo é sombra, suor, um vulto.

Beijos perdidos na memória ausente,

Presença que falta, ausência latente,

Fôlego curto, na dança febril,

O instinto é frágil, natureza sutil.

Na febre dos lábios, há um toque de farsa,

Fraqueza que pulsa, se espalha, se gasta,

E a noite engole, no véu da incerteza,

O eco dos gestos que a distância não cessa.

Lirianna
Enviado por Lirianna em 03/10/2024
Código do texto: T8165698
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