CAMA DE FLORES

Eu gosto quando você está perto

Quando estremece abrindo como flor

Recôndita, incendiando o peito

Recolhendo o colo formigando ardor Arqueando o seu interior frêmito

Eu gosto do seu gosto jogando o cabelo

No vaivém devaneando o hálito

Respirando, murmurando como selo

De ondinas vindo dançar no infinito

Do seu mar sobre a cama de flores

Grutado no prazer selvagem os lábios

Sobre o rumor das ondas que arde

Unido a boca viajando os poros

Na relva do corpo sobre a noite quente

Vindo por brasa envergada de desejo

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 22/02/2024
Reeditado em 24/02/2024
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