CAMA DE FLORES
Eu gosto quando você está perto
Quando estremece abrindo como flor
Recôndita, incendiando o peito
Recolhendo o colo formigando ardor Arqueando o seu interior frêmito
Eu gosto do seu gosto jogando o cabelo
No vaivém devaneando o hálito
Respirando, murmurando como selo
De ondinas vindo dançar no infinito
Do seu mar sobre a cama de flores
Grutado no prazer selvagem os lábios
Sobre o rumor das ondas que arde
Unido a boca viajando os poros
Na relva do corpo sobre a noite quente
Vindo por brasa envergada de desejo