A BATA 

(dedicada à poetisa Mary Jun)

 

 

Mary amava demais a cor branca

Pavoneando na feira artesanal

Dá de cara com uma bata nordestina

Exatamente leve como ela adorava

Alva tal e qual a sua preferência

Mergulhou no desejo e a comprou

 

Beto viu a alegria estampada na face

O sorriso iluminando os belos olhos

A boca expressando prazer

A dancinha feliz e ondulante

Enquanto ela pendurava com cantoria

A bata branca no cabide

 

O efeito instigante que absorveu os dois

Assim que os olhares se cruzaram

Foi o anúncio d'uma envolvente sintonia

Humns! e gemidos tiveram testemunha

A bata, solta, leve e alvissima Impecávelmente pendurada

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 20/10/2023
Reeditado em 21/10/2023
Código do texto: T7913005
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