TIGRESA dedicada à poetisa Ieda Chaves Freitas
Pele dourada íris cor de mel
Boca rubra e carnuda
Voz rouca que me leva ao céu
Deliro quando se desnuda
Lânguida em seu caminhar
Seios fartos e durinhos
Ancas dignas de se emoldurar
Mapeio lascivo todos os seus caminhos
Sugo e me lambuzo só trocando carinhos
Invado e cavalgo o seu corpo febril
Sedentos trocamos salgado leite
Reviro o meu olhar azul anil
Êxtase transpirando em puro deleite
Desmaiados depois do furor
Alagamos os lençóis amarrotados de seda
Parada necessária é fácil de se supor
O suspirar no peito aguarda quem primeiro ceda
O lume de novo se acende para devorar a minha Ieda