SECA

Terra molhada em chão batido

Nudez castigada que se vão

No sol que escalda

Vira o mundo de ponta a cabeça

Remexe, mexe, manjericão

Ramo de erva doce

Humquento que te vence

Deus lhe pague.

Linhcas cruzadas no céu de renda

Redentas fazem borboletas

Que voam no gelo quentes

De um fogo cruzado em água morna

É a solidão que renasce na brava seca

Que a babá grossa e espessa

Faz o mingal gélido

Das imaculadas noites

Verniz com o fim.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 12/04/2023
Código do texto: T7761500
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