NO ELEVADOR

Os olhos lacivo olhou-me despindo-me

E pedindo algo que eu deseja.

Olhei terno. Através deles falei

Na expressão do querer

E veio o arrepio que tomou conta de mim.

O sorriso inebriante

Os braços fortes

E o abraço afetuoso

Me deixou arrepiado.

Como uma praia deserta

Entreguei-me por inteiro

Deixando o pudor de lado,

Se por muitas vezes o silêncio é o meu refúgio, imagine o que eu escuto.E a língua deslissou sobre meu corpo

Como se uma cachoeira estivesse banhando minha alma

E eu como onda mansa afoguei-o na fogueira

E os sussuros silenciosos

O cheiro do prazeroso

Me fez homem

Sendo homem o meu

Que me amou como um selvagem

Dando-me a felicidade de um orgasmo....

Depois do coito

A fadiga. Mas, os beijos...

Perfume.

A porta do elevador abriu.

Se por muitas vezes o silêncio é o meu refúgio, imagine o que eu escuto.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 27/03/2023
Código do texto: T7749920
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