O ERRANTE
Ó homem, não sei se tu és errante
Por seres tu os lírios que perfumam
Os jardins suspensos da minh'alma
Num caminhar de beijos sobre o meu corpo embreagado.
Se és o errante, me fale;
Pois, teus suspiros deixam-me torpor
Num misto desejo d'amor.
Oh, céus.... Inebriante flor
Que em pétalas desliza em mim,
Tua língualhada me lambe
Por entre minhas entranhas
Que de certo de pariu
Num grito ofegante de prazer.
Se fores errante não me digas.
Apenas continuo penetrando-me
Assim, posso eu no coito
Te dar meu prazer de flor em flor
Como instrumento de teu amor
Para enfim morrer ser culpa e sem temor.