O ERRANTE

Ó homem, não sei se tu és errante

Por seres tu os lírios que perfumam

Os jardins suspensos da minh'alma

Num caminhar de beijos sobre o meu corpo embreagado.

Se és o errante, me fale;

Pois, teus suspiros deixam-me torpor

Num misto desejo d'amor.

Oh, céus.... Inebriante flor

Que em pétalas desliza em mim,

Tua língualhada me lambe

Por entre minhas entranhas

Que de certo de pariu

Num grito ofegante de prazer.

Se fores errante não me digas.

Apenas continuo penetrando-me

Assim, posso eu no coito

Te dar meu prazer de flor em flor

Como instrumento de teu amor

Para enfim morrer ser culpa e sem temor.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 11/03/2023
Código do texto: T7737772
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