Neve

Quem sou eu para te julgar

Se sou o desamor no amor

Quando eu estou enroscado

Nas tuas pernas peludas

Rodando quente em mim.

Se te julgo foi por ser a controvérsia

Desnuda a voar como borboleta

Pela tua florestas com pardas

Em ninho no acasalamento

Do amor infante que não aceito.

Sou a verdade rouca como trovões

E tu a poesia que penetra meu âmago

Num ardor de mar entre ondas

Que abraçam e lambe a praia

Que és tu e versos de chuva

Numa tarte de suave desencontro

Então, nunca posso jugar.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 24/08/2022
Código do texto: T7589951
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