Neve
Quem sou eu para te julgar
Se sou o desamor no amor
Quando eu estou enroscado
Nas tuas pernas peludas
Rodando quente em mim.
Se te julgo foi por ser a controvérsia
Desnuda a voar como borboleta
Pela tua florestas com pardas
Em ninho no acasalamento
Do amor infante que não aceito.
Sou a verdade rouca como trovões
E tu a poesia que penetra meu âmago
Num ardor de mar entre ondas
Que abraçam e lambe a praia
Que és tu e versos de chuva
Numa tarte de suave desencontro
Então, nunca posso jugar.