PÉTALA ORNADA DE ORVALHO
Fecho os olhos da face apaixonada
Para te enxergar todinha minha
Paixão mulher tão desejada
Amor da vida toda, terna rainha
Delícia perfumada, no leito adormecida
A fina réstia de luz enluarada
Adormece respirando o hálito teu
Velo teu sono minha doce amada
Cortorno instigante todo meu
Pétala da noite recém orvalhada, vida
Arrepio num pensamento lascivo
Impossível te observar e não arder
Viajar no teu corpo em tom compulsivo
Tua febre faz meu bom senso se perder
Sob o lençol bagunçado, sonha amor
Quando o teu olhar se entreabriu
Foi como se no chão eu flutuasse
Teu espreguiçar sensualiza...vou a mil
Ali só os dois...que o mundo acabasse!
Os meus poros já estavam minando prazer
Levantaste e lenta a coberta escorregou
Confesso a esquina do olhar umedeceu
O meu vértice tenso se descontrolou
Juntando os desejos, o dia anoiteceu
Unos numa cavalgada...saliente
Caso a alcova tivesse o poder da fala
Decerto a língua em alvoroço estremeceria
Não podendo observa e se cala
Tesão e toques luminosos, pura magia
Sob sons indecentes o Sol dormiu cedo
Pétala em rubor ornada d'orvalho
A melhor metade deste pobre mortal
* Imagem de pexels.com