PUREZA
Sob a bata larga e rendada de Patricia
Inocentes montes flutuavam
Púbis selado ainda sem malícia
Ancas firmes ondulavam
A bata branca desvendava contra o Sol
O corpo jovem e inocente
O pai vigiava todo o arrebol
Engraçadinhos sabiam que ele era valente
Patrícia falava com as flores
Brincava de roda e de pega pega
Vibrava viva sem pensar em amores
Estava crescendo isto não se nega
O tempo dos amassos logo viria
Enquanto isso ela castelos imaginava
A puberdade faria dela sua cria
A noitinha seus sonhos guardava
Sabia dos olhares e pouco ligava
A febre ainda em si não ardia
Sua voz aos poucos melodiava
Acendia .. só que nem percebia
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