Desperto
Sobre os tetos,
Não há mais lua,
Telhados,
Nem estrelas,
Acima das telhas,
Um céu abobadado cobrindo os corações,
Fulgurante centelha.
Sob os tetos,
Corpos estirados nas camas,
Macias,
Duras,
De campanha.
Em todas elas,
Leveza,
Dor,
Magia,
Carícias,
Transcedência.
Falas cochichadas,
Ouvidos aguçados,
Pela sonoridade musical do Bandolim Elétrico,
Transportados.
Se vida é um sopro,
O êxtase do gozo,
É um suspiro murmuroso.
De longe e de perto,
Amemo-nos,
Despertos!