SEMPRE HAVERÁ O AMOR
Eu estou sozinho com o meu bem-me-quer,
um querer somente meu, que faz de mim o que quiser,
porque ele é o meu homem, e, eu sou seu homem,
pois, a brisa dos nossos corpos não passara
sem deixar o orvalho nos acariciar.
Ah...esse amor não passa!
nossos lábios se encontram em febre,
a nadar no mar dos sentidos em sonhos,
ao olharmos nossos corpos entrelaçados,
num beijar em poesia fotografada
numa cama de trevo perfumado.
Oh! de que morrer?
De nada. Porque estamos nus
no leite dos prazeres que esvaece
o terno amor que enamora
em beijos, abraços, surrados
corpos de aljofre de todas as cores,
a pintar pés, mãos, braços, peitos.
e, por fim, deleitarmo-nos sempre,
num por vir em cheiro d'amor, sempre...
Seremos nós o côncavo e convexo,
por ser assim o nosso amor de aroma,
nas terras que costumamos ir...