DESAFIOS DE ALCOVA
Deito com este corpo
Que sei não estar morto
Apenas desmaiado de prazer
Domado para não mexer.
Asma ofegante, claro!
Qualquer coisa astuta
Arte e manhas de mulher
Artimanha de puta.
Fêmea faminta, tantos zelos
Quando pintar os seus pelos
Esqueça o fio que nos deixa presos
Quero embaraçar meu poema em teu novelo.
Nada pode haver noutras artes
Noutras partes, é aceso o cio
Que me enche e afunda
Os lances largos desta bunda.
Acordo cedo
Para de novo te desejar
Insisto para ficar
Armo ardis para voce demorar.
Te espero de novo
Com hálito de menta
Um banho, um renovo
Já te vejo atenta.
Vem o desmaio do prazer
E ainda, não basta a ti.
Acho que deveria
Ter te deixado ir...
Tuas fantasias, marcas, murros
Desfia em meu pavio
Esvazia o meu vazio.
Ranço grudado em cada fio...
T@CITO/XANADU