AMÁLGAMA
Minha alma,
sua alma.
Meu mundo,
seu mundo.
Meu espaço,
seu espaço.
Na minha boca,
sua boca.
Nosso sexo,
sem nexo.
Sem amor,
sem sentido.
No calor fundido,
a fumaça dos corpos.
O meu e o teu
volátil e fluído.
Em nossa alcova o lume,
clara como o dia.
Lá fora o asfixiante negrume,
nem sol, nem lua. Melancolia...
Sibila o vento,
música lúdica.
Tédio, chuva.
Marasmo e desalento.
T@CITO/XANADU