MEU HOMEM

Na primeira linha eu apenas tento ajustar o linear;

E quando endoideço de paixão sem um porquê;

Começo a rir descontroladamente, vão!

Doido, quero sentir teu cheiro de macho;

Sudorese que com capim de mato, mata-me!

Torno-me pasto no frenético enlouquecer;

E das minha entranhas se esvaio o suor;

Inebriante prazer da luxúria;

Carne viva! Carne crua!

Um odor de verbena com toque de veneno;

E a areia da relva galopeou na dor;

Embolei-me de prazer, vulgar!

A sorrir e a cantar sem melodia no ar;

E loucamente me esparranhei...

Beijei teus lábios;

Tua língua amarga me fez felicidade...

Teu corpo roça no roçado e me espinha;

Tremo de amor e envolvo-te com fervor;

Na braça da insensatez da loucura, amor!

E, assim, nisso, somos o transbordar da paixão;

Da segunda linha sem fim...

Tecer os fios de lãs.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 10/08/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6716625
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