LIQUIDO AQUÁRIO
Não gosto de falar dos meus amores.
Às vezes, comento deles, sussurrando baixinha;
É. E poucos são os que podem escutar...
São amores, amantes, fazem parte da minha lira;
São como a valsa que toca dia após dia...
Na vitrola ao som da nostalgia enluarada...
Tango que entrelaça pernas, corpos, amantes!
Importam-se? Não sei como expurgar;
São fúteis, fugaz se preciso for...casos;
Normais! Anormais!
Eu já disse: " Não gosto de falar dos meus amores..."
Amantes, todos numa cama, talvez...
São tantos lugares, nem sei...penso...
Faz parte da vossa imaginação, não é?
Saber! Ocultar!
Se eu fala baixinho, querem escultar, é?
Bom, são amores normais;
frios e quentes;
São ardentes como fornalha;
E, são amantes dos quais querem um lugar...
Praças com árvores verdes...
Frondosas, recanto, canto, gaivotas...
Pelas flores vejo, todos eles,...
Na cama, na mesa, no banho...perfumar!
Ah! como é divertido conhecer;
O pensar desses homens que vestem-se de noite;
Cousificantes pela ânsia do amor em dias;
Nem que seja por um instante;
Momento talvez avassalador;
Nem sempre corroborando com o desejo;
Porém, vestidos da couraça da sedução;
De querer amar, amar todo instante...
No desejo carnal de sentir o prazer;
Revelar segredos obsoletos;
Para mim que recebe com gratidão;
Amor! Uma questão de adoção;
Dor-me pela compaixão;
E, Termino a falar com exatidão.