DOIS HOMENS NUS

Eu traduzo-o

Na cama, um espelho a girar

Sobre o sol do mar em luz

Sob os lençóis à beira mar.

Tu traduzes

No chão, o frio quente dos gritos

Das paredes ardentes

Gemidos em vales

Bosques em sonhos

Alma em nós

Por ti em mim.

Nós traduzimos o que sabemos

Do falar da espera;

Do tempo que não retornará;

Do universo que pode até dizer: Adeus!

Nós somos o hoje;

No acalando do ontem;

Como se fora um dia;

Um amanhã talvez por dizer: Até breve!

Onde estás infante?

Será que estamos sós?

Pela natureza;

Encadeado em movimento;

Prazer, dor, sofrimento, angustia, lamento...

Quantas lembranças lembranças;

Não mostramos nas páginas

Das fotografia, branco e preto, hum!

Álbum de retrato em branco e preto;

Passado, presente, não tão distante;

Um tardinha lúdica, porém, bucólica;

Já traduzimos? Serpa? Ah!

Mostra tua história ainda não terminada

Em rima, prosa, trova, glosa e dilemas...

Eu tentarei ficar só e traduzirei o final...

Feche a porta antes de sair.

O barulho ecoou, boom!

Agora, provarei das tuas lágrimas para sentir;

Que existo dois mundo que nos separam;

Minha dor em forma de lágrimas;

E tua irá em vômito matando-te;

Pela tradução da irá dos anjos;

Uma parte em duas partes que não são iguais...

Sinto-me fortalecido;

Na ânsia louca;

De um tango de bordel;

Sentado no banquinho tosco;

Fumando meu cachimbo;

Esperando você cair;

Ao retornares...

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 10/07/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6692436
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