ACONTECEU?
Imaginem o cenário que encontrei
Praia paradisíaca deserta
Uma única cabana na areia avistei
Situação que curiosidade desperta
Com o olhar o habitante procurei
Eu passeava na ilha logo quando o Sol aflora
Curtindo o ar puro e o sabor de sal no ar
Água clara e mexida sempre me revigora
Me sinto em paz se estou perto do mar
Contornando a simples e pequena construção
Parecia que o lugar estava vazio de janelas abertas
Segui meu caminho com ar de frustração
Paisagem linda de filme, ali locações eram certas
Poucos arenosos passos depois e acelerou meu coração
Numa pose de revista masculina
Toda nua, somente coberta de poros e cabelos
Um deusa morena clara, absurdamente feminina
Meu monstrinho num tranco, arrepiou os pelos
A visão era um escândalo de linda, um sopro de alegria
Um gole d'água fresca, no Saara em plena manhã fugidia
A silhueta felina e perfeita, instigava e muito seduzia
Eu não sabia se continuava andando ou arfando me escondia
Minhas pernas paralisaram e o bom senso não respondia
Sacudindo de leve os cabelos longos, bem devagar
Em câmera lenta, olhos de mar meu olhar encontraram
O azul da fêmea despida, quase me fez desmaiar
No instante, meus batimentos no peito, quase pararam
Sem pudor e sequer um segundo de vergonha
Me sorriu aberto dizendo suavemente, Bom Dia!
Respondi com a cara de pasmaceira de um pamonha
Só aquele momento já valeria por toda beleza do dia
Não sabia se estava acordado ou n'um sonho de fantasia
A voz de gueixa me chamava, como uma sereia deslocada
Suspirei e tentei conter, a emoção, que por pouco já não revelava
Disse não gostar de ficar sozinha, preferia curtir acompanhada
Coisa boa, inusitada e surreal por ali já se alinhavava
Procurando forças para manter o controle, me aproximei
De perto ela era ainda mais bela, um delírio natural e sensual
Perguntou meu nome, engasguei e falei pr'a dentro, Ney
Ela era Sarita, fiz um comentário imbecil e sem igual
Sarita rima com bonita, que coisa horrível, imaginei
Ela riu, com um riso de ninfa das águas de sal
Pediu para sentar a seu lado, para juntos as marés admirar
Sentindo a febre que exalava de seu corpo perfeito, quase passei mal
Aquilo não estava acontecendo, só podia ter batido a cabeça em algum lugar
Me deu lugar em sua esteira de palha, roçar sua pele foi incrível
Ela virou de bruços e com a curvatura dos montes, fugi para um mergulho
Água fria pr'a disfarçar o clamor das partes, ela veio junto, foi impossível
Meu mês corporal, acelerou o calendário, rápido fui de janeiro à julho
Meu pulso batia tão descompassado, que na cabeça eu sentia o barulho
Uma pequena onda, nos lançou um ao outro, era só o que faltava
O instinto dos dois aflorou e o mar virou um verdadeiro turbilhão
Aquela boca de Deus não era, pois fervia quando a língua dela se insinuava
Quando abraçou meu corpo com as pernas, foi um mergulhão
O que rolou dentro e fora do mar, foi delirante, furor sem precedentes
Navegamos um no outro, com e sem pressa, de forma deliciosa
Os gemidos saiam da garganta, mesmo se travássemos os dentes
Dois perdidos no paraíso do Sol, dois seres nús, que coisa gostosa
Foi tanto desejo acumulado, um par de pessoas tão carentes
A noitinha já chegava e a gente não se cansava da sensual poesia
Parecíamos reféns do intenso desejo que nos consumia sem glosa
Escrevíamos com sal, suor e ardor, um soneto de ardente fantasia
Num momento de profundo suspirar, me senti todo prosa
Arfando, esgotados de paixão, nossos impulsos desmaiamos
Lagarteados sobre as esteiras, plenos de prazer multiplicado
Nos admirávamos sem cobranças ou falsos pudores
Sem muitas palavras, com um beijo profundo, nos despedimos
Cada qual seguiu seu caminho, com ânimo assaz renovado
Tenho no peito um calor novo e nas baixas regiões, tremores
Se realmente isso aconteceu ou sonhei, nem sei...mas, foi booooommmm...
Imaginem o cenário que encontrei
Praia paradisíaca deserta
Uma única cabana na areia avistei
Situação que curiosidade desperta
Com o olhar o habitante procurei
Eu passeava na ilha logo quando o Sol aflora
Curtindo o ar puro e o sabor de sal no ar
Água clara e mexida sempre me revigora
Me sinto em paz se estou perto do mar
Contornando a simples e pequena construção
Parecia que o lugar estava vazio de janelas abertas
Segui meu caminho com ar de frustração
Paisagem linda de filme, ali locações eram certas
Poucos arenosos passos depois e acelerou meu coração
Numa pose de revista masculina
Toda nua, somente coberta de poros e cabelos
Um deusa morena clara, absurdamente feminina
Meu monstrinho num tranco, arrepiou os pelos
A visão era um escândalo de linda, um sopro de alegria
Um gole d'água fresca, no Saara em plena manhã fugidia
A silhueta felina e perfeita, instigava e muito seduzia
Eu não sabia se continuava andando ou arfando me escondia
Minhas pernas paralisaram e o bom senso não respondia
Sacudindo de leve os cabelos longos, bem devagar
Em câmera lenta, olhos de mar meu olhar encontraram
O azul da fêmea despida, quase me fez desmaiar
No instante, meus batimentos no peito, quase pararam
Sem pudor e sequer um segundo de vergonha
Me sorriu aberto dizendo suavemente, Bom Dia!
Respondi com a cara de pasmaceira de um pamonha
Só aquele momento já valeria por toda beleza do dia
Não sabia se estava acordado ou n'um sonho de fantasia
A voz de gueixa me chamava, como uma sereia deslocada
Suspirei e tentei conter, a emoção, que por pouco já não revelava
Disse não gostar de ficar sozinha, preferia curtir acompanhada
Coisa boa, inusitada e surreal por ali já se alinhavava
Procurando forças para manter o controle, me aproximei
De perto ela era ainda mais bela, um delírio natural e sensual
Perguntou meu nome, engasguei e falei pr'a dentro, Ney
Ela era Sarita, fiz um comentário imbecil e sem igual
Sarita rima com bonita, que coisa horrível, imaginei
Ela riu, com um riso de ninfa das águas de sal
Pediu para sentar a seu lado, para juntos as marés admirar
Sentindo a febre que exalava de seu corpo perfeito, quase passei mal
Aquilo não estava acontecendo, só podia ter batido a cabeça em algum lugar
Me deu lugar em sua esteira de palha, roçar sua pele foi incrível
Ela virou de bruços e com a curvatura dos montes, fugi para um mergulho
Água fria pr'a disfarçar o clamor das partes, ela veio junto, foi impossível
Meu mês corporal, acelerou o calendário, rápido fui de janeiro à julho
Meu pulso batia tão descompassado, que na cabeça eu sentia o barulho
Uma pequena onda, nos lançou um ao outro, era só o que faltava
O instinto dos dois aflorou e o mar virou um verdadeiro turbilhão
Aquela boca de Deus não era, pois fervia quando a língua dela se insinuava
Quando abraçou meu corpo com as pernas, foi um mergulhão
O que rolou dentro e fora do mar, foi delirante, furor sem precedentes
Navegamos um no outro, com e sem pressa, de forma deliciosa
Os gemidos saiam da garganta, mesmo se travássemos os dentes
Dois perdidos no paraíso do Sol, dois seres nús, que coisa gostosa
Foi tanto desejo acumulado, um par de pessoas tão carentes
A noitinha já chegava e a gente não se cansava da sensual poesia
Parecíamos reféns do intenso desejo que nos consumia sem glosa
Escrevíamos com sal, suor e ardor, um soneto de ardente fantasia
Num momento de profundo suspirar, me senti todo prosa
Arfando, esgotados de paixão, nossos impulsos desmaiamos
Lagarteados sobre as esteiras, plenos de prazer multiplicado
Nos admirávamos sem cobranças ou falsos pudores
Sem muitas palavras, com um beijo profundo, nos despedimos
Cada qual seguiu seu caminho, com ânimo assaz renovado
Tenho no peito um calor novo e nas baixas regiões, tremores
Se realmente isso aconteceu ou sonhei, nem sei...mas, foi booooommmm...