Candeia
Retalhos de amor colocastes em baús no peito ,libidos,prazeres
Aparatos de verso num fundamento que é ser intenso,sentidos de amar
Fizestes-alojamentos dos corpos nus que não se crêem vis ou pudicos
Aliciando a posia de se fazer amor ,retalhando mãos e línguas e
Embala a alma e mede a noção da fêmea e do cio!
Livraste-se bem do cotidiano,do desuso,do asco
Saberias sim,embalar cancões de ninar corações,rios e outras praias
Chama oculta te fazendo ser rio e muito mais,a nascente,e desaguas!
Há muito tomaste rumo e chão,invólucro e casulo de poesias em prece
Ainda assim sem metades, e de outra o ocaso,por-do-sol,e céus,cios !
Irias ver a intensidade, e a etenidade,meu bem, é ver!
Nada deixas de repouso pro fim,seja fardo,rio,canoa
Exageradamente tomaste o casulo,a vida e o âmbar,gozo!
Retinas te vêem quando cobre de afagos a face,raízes,torpor lhe tolhe!