Aceitei tuas mãos na minha nuca
Baixei a guarda,
e fui...
Embalada nas águas mornas do teu A(mar)
Permiti que silenciaste minha voz na doçura da tua saliva
Entreguei-te as chaves
Adentraste por  minhas entranhas
e minha alma;
 minha cerne mais sagrada,
a minha poção reservada,
intacta ( Ainda)
de ti.
Feliz de mim que
 fui desejo
E fui amor
... E fui mulher.
Fui violada por tuas vontades
E que deliciosa violência
Pemissões minhas.
Cadência de movimentos
De gemidos
O bramido do corpo sem reserva
Bob Dylan à cantarolar Don't Think Twice It's Alright e
sua língua à passear pela casa
dos meus botões...
Arranhões.
Tempestades.
Vendavais
e
Silencio gritante do gozo alarmante.
Poesia
Quietude e mormasso.
Sim
Aceitei sim.
E
Aceitarei sempre.
Venha quando quiser
Não precisa bater à porta.
Nem marcar hora.
Mas não te demores,
meu corpo o quer 
e minha intimidade...
Bem,
já que adentraste,
fica.

 
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 23/12/2017
Código do texto: T6206487
Classificação de conteúdo: seguro