AS PROSTITUTAS

AS PROSTITUTAS

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

O que é que somos ao saber que somos,

Como frutas que se reparte com os seus gomos,

As prostitutas ou putas, vadias pelas lutas,

Talvez sem origem, colocação ou conduta.

Sem horas, sem locais ou sem as especificas datas,

Dentro dos latões, sobre os colchões ou latas,

Dos quartos ou dos cantos escuros,

Das escuras matas,

Dos paredões ou dos encostos dos muros,

Das origens taradas, sem viés, ninfomaníacas e nada de psicopatas.

Somos como nas noites dos quartéis,

Somos amantes por cada homem por prenda de alguns anéis,

Sobre nada somos crias do que vive em hotéis,

Do amor excludente podemos se dizer dos motéis.

Somos o que somos como frutos com os seus gomos,

A magia de cada mágico gnomo,

Pelo seu valorizado ou desvalorizado pomo,

Em que cada um se sustenta por alguns míseros réis,

Por pisadas daquelas abaixo dos pés.

Das escolas ou pontos em seus respectivos lugares,

As horas dos encontros marcados,

Por iluminações que ornam alguns altares,

De qualquer lugar vem alguém a nos pegar,

De carro, de moto, de bicicleta ou a pé a andar,

Não tendo algum lugar por certo,

Colocando de frente, de lado ou de marcha a ré.

Somos perigosas que arranham ou cortam,

Que mesmo arranhada ou cortada,

Fazem pontos por algumas estradas,

Por algo do que se dá,

Vindo de lá ou de cá,

Daquilo que temos pra dá.

Por orifícios por onde algo tem que pôr,

Por buracos ou barracos a sobrepor,

Do tamanho do que der pra enfiar,

Por tudo que se tem para botar,

Na dor que sente quando primeiro penetrar.

Das deliciosas bebidas dos bares,

Das melindrosas músicas a transitar pelos ares,

Das areias fofas pelas ondas dos mares,

Das danças, requebrados ou dos diversos olhares.

Dos tragos das alucinações,

Somos dos nossos respectivos donos,

Por preços altos ou baixos a nos guiar a algum fono,

Ao vulgar ou fino trato por ocupação.

Por cada desejo louco ou desbravador,

Do fazer gostoso ao sentir alguma dor.

Por preço, apreço ou apropriação,

Por véu, aluguel ou paixão.

Aventuras pode ser como suposta opção,

Desejos que surgem inesperadamente por cada paixão.

Por intenção do compromisso ou não pelos casos,

Somos por incitações dos acasos,

Somos prostitutas ou putas,

Dos gomos por cada descascadas frutas,

Somos depravadas ou como de muitas das vezes desocupadas,

Somos como qualquer beleza a alma penada,

Por nudez a pessoa pelada por preço a algo que está ofertada.

Como mercadoria que está nas vitrines a ser marcada, etiquetada e negociada.

Nas suas programações coordenadas.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 12/04/2017
Reeditado em 14/04/2017
Código do texto: T5968849
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