REGAÇO
Que visão à minha frente se descortina
Teu corpo nu em pleno regaço
Tão tranquilo em teu respirar
Fito os montes alvos em sonho vibrante
Dormindo apontados para o céu
Tua alvura sem sinais puro deleite
As coxas despidas levemente entreabertas
Todo o meu ser se contrai
Vai dando um frio na espinha
Um suspiro arfante salta do peito
Linda imagem eu desfruto
Não te posso acordar não é justo
Tu em descanso na rede
E eu aqui louco de desejo
Com um apêndice assanhado
Querendo acordar
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2016.
imagem fonte google