LUXÚRIA INUTIL



 
Ah! Se eu tivesse a segurança
E a força de um ser gigante,
Capaz de controlar a mente
Para não permitir passivamente
A invasão desse desejo mórbido
Que aniquila tanto a gente.
 
Ah! Esse pensamento lascivo
Invasor da minha alma
Tão absurdamente frágil,
Nela querendo se arraigar,
Fazendo deste pobre poeta
Um escravo da luxúria vã.
 
Ah! Esse desejo desregrado,
Torto e temperamental
Que sequer permite um minuto
Para reflexão e refazimento
Do corpo e da alma carentes
Impulsionados ao pecado.