FELINA
Teus olhos azuis felinos
Quase afogam
Meus sonhos meninos
A profundeza de mar
Que vejo neles
Desafia e me instiga
Fico a princípio arredio
Pensando em como me aproximar
Me arrepio lascivo
Não sei nem como falar
Os lagos de azul profundo
Me fitam
Não há mais como escapar
Mergulho em sua aura azulada
Infinita
Nada mais
Poderá
Me salvar
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 12 de novembro de 2015.