ACHADOS E PERDIDOS
Em caldos de febre te procuro
Em banho-maria te deixo a espera
Quase não posso me conter
Sou malvada abusada e lasciva
Não posso deixar-te perceber
Enquanto me espreitas do leito
Me desvendo em câmera lenta
Botão por botão arrebento
Para tirar a meia calça fina
Faço tudo ainda mais lento
Das peças íntimas me dispo
Alça por alça laço por laço
E tu me apressando o passo
Rio de ti com olhar embaçado
E prossigo em suave compasso
Quando me aproximo da cama
Te peço paciência e calma
Só para atiçar-te um pouco mais
Suportares tal infinito tormento
Observo não és mais capaz
Te esqueces das promessas
Me jogas por cima de ti brutal
Não aguentas mais os rodeios
Pulastes as preliminares voraz
Gargalho sem pudor ou receio
Sou tua és meu e nos devoramos
Somos canalhas contumazes
Nas artimanhas de gato e rato
Não nos deixamos nunca em paz
Arrebatados no cio como animais
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2015.
Em caldos de febre te procuro
Em banho-maria te deixo a espera
Quase não posso me conter
Sou malvada abusada e lasciva
Não posso deixar-te perceber
Enquanto me espreitas do leito
Me desvendo em câmera lenta
Botão por botão arrebento
Para tirar a meia calça fina
Faço tudo ainda mais lento
Das peças íntimas me dispo
Alça por alça laço por laço
E tu me apressando o passo
Rio de ti com olhar embaçado
E prossigo em suave compasso
Quando me aproximo da cama
Te peço paciência e calma
Só para atiçar-te um pouco mais
Suportares tal infinito tormento
Observo não és mais capaz
Te esqueces das promessas
Me jogas por cima de ti brutal
Não aguentas mais os rodeios
Pulastes as preliminares voraz
Gargalho sem pudor ou receio
Sou tua és meu e nos devoramos
Somos canalhas contumazes
Nas artimanhas de gato e rato
Não nos deixamos nunca em paz
Arrebatados no cio como animais
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2015.