ÁVIDOS LANHOS DE UNHA
Anseio sorver do teu seio, o amor de mim arrancado
Quero revolver-me lúcido, preservar-me íntegro, sem temor
Espero alcançar-te um beijo, sôfrego, impetuoso, cálido
Aguardo um abraço ávido, um suspiro pálido, um afã, um calor
Encontro-me nítido, simpático, íntimo, cego de paixão
Pronto pra me declarar, em gestos, de corpo e alma
Asseguro-me da hora certa, no momento justo, cheio de tesão
Enfrento a ânsia, a volúpia, me concentro e espero com falsa calma
Com um sorriso matreiro e meio bobo, tu te abres em copas pra mim
Enlevados pelo clamor dividido, suados, pelas emoções complacentes
Nos compartilhamos úmidos, na alcova, única secreta testemunha
Nos sublimamos, plácidos, flancos saciados, dormentes
Ao fim adormecemos, em lascivos sonhos, em minhas costas, apenas lanhos de unha
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 28 de maio de 2015.
Anseio sorver do teu seio, o amor de mim arrancado
Quero revolver-me lúcido, preservar-me íntegro, sem temor
Espero alcançar-te um beijo, sôfrego, impetuoso, cálido
Aguardo um abraço ávido, um suspiro pálido, um afã, um calor
Encontro-me nítido, simpático, íntimo, cego de paixão
Pronto pra me declarar, em gestos, de corpo e alma
Asseguro-me da hora certa, no momento justo, cheio de tesão
Enfrento a ânsia, a volúpia, me concentro e espero com falsa calma
Com um sorriso matreiro e meio bobo, tu te abres em copas pra mim
Enlevados pelo clamor dividido, suados, pelas emoções complacentes
Nos compartilhamos úmidos, na alcova, única secreta testemunha
Nos sublimamos, plácidos, flancos saciados, dormentes
Ao fim adormecemos, em lascivos sonhos, em minhas costas, apenas lanhos de unha
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 28 de maio de 2015.