A DANÇARINA
Ela bailava de forma esquisita.
Não parecia normal em nenhum momento.
Era como uma coréia um pouco alucinada.
Desordenado o seu corpo pendia lá e cá.
A dança continuava atordoada sem música.
Sim. Dessas danças tipo capela. Sem nexo.
Desse bailado louco e precipitado se via
O quanto aquele corpo desordenado era belo.
Via-se claramente a beleza de uma mulher
Destoando totalmente do seu comportamento.
Não. Ela não era grega. O bailado era brasileiro.
Tão natural e espontâneo quanto à dançarina.