SEGREDOS
 
Este quarto com essa sombra que vagueia,
Estas mãos que guardam mistérios,
Estas luvas que escondem palavras
Que viajam em brisas e intempéries.
Você passa faceira, você vem inquieta,
Como uma flor que se deixa levar pelo o vento
E advém em minha frente
Aguardando a qualquer momento
O beijo ardente que ainda não dei.
Fica imprevisível, insensível,
Imprecisa, indecisa
Sem aviso de um olhar fatal.
A bela dona começa a tirar as luvas
Enquanto seu baby-doll
Cobre-lhe de mistérios.
Bem devagar cada dedo deixa a luva
Onde se revelam palavras,
Cada palavra revela um segredo,
Esses mistérios em teus dedos
Revelam meus medos
Ou chaves escondendo enigmas
De um tempo que não sei.
O que seria da vida sem os mistérios,
Estes que sentimos em momentos íntimos,
Da alma,
Na calma
De um pesadelo sutil,
Após um sono profundo,
Um arrepio,
Um calafrio,
O fim do mundo,
E ao entregar-te a vida
Prevendo em teus olhos
Um desejo que nunca se acalma
Chego ao submundo de teus desejos,
Presos em elos de ouro,
Forjado pelo fogo do teu corpo
Que deixa marcas em minha pele viva
Quando sacio meus desejos carnais.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 02/09/2013
Código do texto: T4464042
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