MÉNAGE À TROIS...
Nas margens deste cosmo imenso e libertino,
Um conto desmedido está prestes a se desvendar
Entre o confim duma viagem rumo a insanidade
E a singularidade duma rara miragem sem pár
Na sombra da noite, sem qualquer preocupação
E na peculiaridade desta vã e estranha situação,
Um ensaio se inicia rumo ao fascinio e ao prazer
No diario duma fascinação ao além de toda religião
Este encontro se desfaz numa distância audaz,
Entre a vaga innocência duma madrugada carente
E a plena instância de um voyeur dissimulado,
No fogo ardente contido neste ménage à trois...
Ele, meio anjo, meio diabo ousado e desgramado,
E ela, raridade do planeta, mescla menina-sapeca,
Os dois perdidos nas ruas escuras desta cidade sem luz
Numa conspiração intima que imediatamente os seduz...
Entre a fria escuridão e o fogo do pecado e da oração,
Seus dedos suavemente deslizando e se movimentando
Entre a ilusão do pleno silêncio, de laços, sedas e cetim,
Fomentando um vulcão na sua renovada erupção sem fim
Peregrinação ecoando no seu gostoso sabor de mel
E nesse suave ardor que atiça e estremece o todo da pele
Sob o olhar intruso espiando, vigiando e repleto de finesse
De mais um amante, que tambem no seu intímo se aquece!
Comunhão infama em sua mais plena e bela perfeição,
Entre o amado, a amada e esse intruso virado viciado,
Compartilhando e assediando uma só e unica cama,
Entre suspiros e fascinios loucos mas jamais dissimulados
Ménage à trois que no faz esquecer e perder toda razão
Nessa sua libertina ação de tocar, querer, beijar e gozar,
Mas que no amanhecer se dissipa e desaparece nesta ilusão
Desse mundo virtual apenas contendo Vc, Eu e o Teclado fatal...
Salomé
*Nem tudo sempre é o que parece ser!
Ménage à trois: Eu, Ele e o teclado (voyeur intruso!)