Doce corpo, doce pecado
Doce corpo, doce pecado
Sou o fruto proibido,
O pecado carnal,
A maçã de Eva,
O bastão de Adão.
Tenho um corpo feito para o prazer,
E desfruto disso a cada instante.
Estou nu e todos me conhecem,
Sou a excitação em forma de João,
Maria, José, Candido, Hilda Furacão.
(Truão: Há Há Há Há!)
Sou o corpo de Perseu, da Medusa,
Me seduza com essa sua aventura.
Me compre com seus sonhos,
Realize meus pecados.
Me deixe ser arranhado
Mordido...
Me deixe todo excitado,
Sentindo aquela respiração suave e ofegante perto da nuca...
Querendo sentir seu rosto,
Querendo sentir teu corpo
Sentir o abraço...
O calor que você tem me deixa extasiado...
(Truão: Isso me parece mais com sexo de ocasião!)
Sou o sexo sofrido,
Escancarado,
Do voyeur ao escravo.
Viajo para cima e para baixo,
Cavalgando no submundo abaixo.
Tenho sonhos que nem Sade imaginaria,
Estamos nessa vida para nossa alegria!
(Truão: Para nossa alegria!)
Me deixe de boca aberta,
Beije e escarre nessa boca esquelética,
Sorria para mim doce paixão,
Enlouqueça de tanto tesão.
Sou o homem e a mulher,
Ousadia de me satisfazer como quiser,
Sou musica para surdos,
Poesia para os cegos,
O sexo escondido para todos os “pervos”.
(Truão: E o sexo explícito para todos os lerdos!)
Sou caos e confusão,
De homem e mulher não sou nada,
A não ser pura paixão,
Para o poeta sou a musa amada,
Para o tarado sou o estupro da madrugada.
Para a romântica sou o Don Juan,
Para a santa sou o diabo na cama.
Tenho todo o prazer em ser,
E o mais puro e doce deleite,
Em ser você.
(Truão: E eu querendo trepar com você!)