Presente do acaso
O acaso apresentou-se
com um presente inesperado,
trouxe a mim você,
ser encantado.
O meu corpo é prisioneiro
Da prisão que é o teu corpo
E com o toque de tuas mãos
Algema-me o coração.
Teus olhos penetram em minh’alma,
Considerada opaca e sombria,
Ofertando-lhe a luminosidade
De alguém que ama de verdade.
O teu suor e teu cheiro
Lembram-me das gotas de orvalho,
Que deixam as rosas molhadas
Por toda a madrugada.
Teu beijo é como mel,
Lambuza a minha boca
E em instantes já sem roupa
Leva-me além do céu.