CLÍMAX
À sombra de uma árvore, encontro-me com a reflexão...
O vento suave parece escutar minha respiração,
Sinto o sol tocar a pele, fazendo-me transparecer!
As folhas balançam-se numa linda harmonia
Parecem dançar coreograficamente a sublime sinfonia,
Enquanto ao longe as aves banham-se com o alvorecer...
E neste cenário natural e paradisíaco
Descansa no peito o cardíaco,
Pensamento distante à procura da amada...
Voando entre as nuvens, sinto tocar a pele da musa...
És o sonho encantador que dos meus sentimentos usa.
Imagino por um momento chamá-la de namorada!
Viajo no mundo ilusório da imaginação,
Sinto minha boca tocar a sua, prazerosa sensação!
Nossos destinos acorrentados ao sensual...
Minha mão conhecendo gradualmente seu corpo,
A respiração passeando em seus cabelos, descendo ao pescoço,
Entregamo-nos a maior prova carnal!
Meu corpo entrelaçando-se ao teu, na dança do prazer,
Chama que aquece os corpos levando-nos a ferver!
O mundo silencia... aguardam a explosão do amor...
Nossas almas fadigadas, não aguentam mais esperar,
O olhar revirando anuncia o ponto máximo do excitar...
Clímax! Selo de um ato voluptuoso que acabou...
Os amantes caem diante do cansaço,
Sono profundo! O amor vivo naquele abraço...
Tornam-se única as almas!
O suor resplandece nossos corpos,
Tez brilhante emite a alegria dos rostos,
Doses soníferas da mais sublime calma!
Meu olhar abrindo-se ver docemente sua imagem,
Soberana felicidade ao saber que não é miragem...
Está ali, a ex- deslumbrante virgem...
E quando minha boca pensa em falar: - Eu te amo!
Sua imagem apaga-se aos poucos... foi engano!
Ilusão cega de uma vertigem!
Volto a estar debaixo de uma árvore,
Meu coração frio tão qual mármore...
Chamando-a: - Venha ser minha namorada!
Se ainda vivo é por ti!
És a dádiva estelar que mora em mim!
Se sonho? É por ti, minha amada!
FIM