O SERTÃO TEM HERÓI
O SERTÃO TEM HERÓI
Havia um casebre naquela caatinga,
Onde morava um casal idoso,
Daqueles que viram a dor nordestina,
Das secas que matam até o raposo.
E num belo dia, diante de casa,
Bem cedo, com o galo ainda cantando,
Lhes bate à porta um cabo macaco,
Buscando saber quem andava vurtando.
Pois tinham perdido parte da tropa,
Para jagunçada de um capitão,
Que mata brincando como a jiripoca,
E o nome dele é só Lampião.
Que foi Virgulino lá no passado,
Do clã dos Ferreira, que perdeu os pais,
Mortos injustos, sem ter enfrentado,
Mas foram em vão, pois eram de paz.
E a morte transforma a alma do homem,
Então Virgulino se fez Lampião,
Vingando a todos como lobisomem,
Tirando o sangue até de um cão.
E assim o passado vem para o presente,
Com Lampião reinando pelo sertão,
E aquele casebre não está ausente,
Pois já deu guarida ao cangaço irmão.
E o nosso Brasil vivia na merda,
Ainda no aguardo da libertação,
Pois a Casa Grande era a caserna,
Dos ricos que sangravam a nação.
Até não sei quando o povo aguenta,
Viver de esmolas por uma eleição,
Se a mesma tropa ainda atormenta,
Cantando um hino que só tem refrão.
E agora os políticos são força armada,
Com muitos que iludem o povo,
E enganam a todos pela madrugada,
Em plena alvorada e sempre de novo.
Isso tudo só faz Lampião ser herói,
Pois roubava o rico e nutria o pobre,
Sendo rato às vezes, que tudo rói,
Provocando alarido, contrário ao nobre.
🌵🍂🏜️
O SERTÃO TEM HERÓI
Havia um casebre naquela caatinga,
Onde morava um casal idoso,
Daqueles que viram a dor nordestina,
Das secas que matam até o raposo.
E num belo dia, diante de casa,
Bem cedo, com o galo ainda cantando,
Lhes bate à porta um cabo macaco,
Buscando saber quem andava vurtando.
Pois tinham perdido parte da tropa,
Para jagunçada de um capitão,
Que mata brincando como a jiripoca,
E o nome dele é só Lampião.
Que foi Virgulino lá no passado,
Do clã dos Ferreira, que perdeu os pais,
Mortos injustos, sem ter enfrentado,
Mas foram em vão, pois eram de paz.
E a morte transforma a alma do homem,
Então Virgulino se fez Lampião,
Vingando a todos como lobisomem,
Tirando o sangue até de um cão.
E assim o passado vem para o presente,
Com Lampião reinando pelo sertão,
E aquele casebre não está ausente,
Pois já deu guarida ao cangaço irmão.
E o nosso Brasil vivia na merda,
Ainda no aguardo da libertação,
Pois a Casa Grande era a caserna,
Dos ricos que sangravam a nação.
Até não sei quando o povo aguenta,
Viver de esmolas por uma eleição,
Se a mesma tropa ainda atormenta,
Cantando um hino que só tem refrão.
E agora os políticos são força armada,
Com muitos que iludem o povo,
E enganam a todos pela madrugada,
Em plena alvorada e sempre de novo.
Isso tudo só faz Lampião ser herói,
Pois roubava o rico e nutria o pobre,
Sendo rato às vezes, que tudo rói,
Provocando alarido, contrário ao nobre.
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