Campeando teu amor
Teu amor me acalanta, ajuntei sementes de grãos de roça
pra plantio,e o pouco que aceita a terra de herança,
pra arado de mão,vem com meu calor,tem ofício pra mim!
Assim pressenti,erva daninha lá longe querendo chegar,
hortaliças,centeio,e flor do que não de viver a constância,
meu coração a Deus pede prece,de terra fértil,e alguma chuva
de se mostrar,mais calor,sozinha,tal,medo de batatas não vingar!!
Mas quer crescer pé de feijão,ipê de enfeitar, e jacarandá!
Rosto de sulco a chorar,morreu boi de atrelhar a carpir milho já a dar!
Capim cidreira tenho,quando alguém quer chá pra acalmar;
Um soneto amassado de tempo,recito,e lampeão de brilhar,
vagalumes o rodeiam a se curvar,coisa pro coração!
Assim seguindo,pouquinho por dia e sempre,lá na venda querem
me comprar produto todo ,e angolas que tratei a ração
e folha de couve;Também já vou levar,vasinho de tomilho,
e da horta couve -flor mais manjericão!
Herdei de pouco essa roça,partiu meu amor nas andanças
de mulheres pretendidas de avenidas,sempre a cantar,canções
de embalar!O que não cravou unhas no meu peito,
por certo,com esforço,e pedaço de fumo a mascar;
Pranteei dor,pra nunca mais amar ,mas coração e terra boa
me afundei a prantear e plantar,mesmo cio,e fiz brotar anseio de herança familiar,chorei,me expus,bebi absinto mas calei!
Hoje,tenho venda de produtos da terra ,farinha ,e cambutiás,
lamento perda do freguês ,pediu vaso de Alecrins e semente de lírios de junco de rio,pagava bem;Porque esqueci,nem sei,
Como esqueceria eu de Alecrins!?!
Faltou-me o ar,como pude esquecer, cadência minha de encantar ?!!