No Piauí se Fala Piauiês
Perna pra dentro é zambeta,
Guri sapeca é capeta,
Perna pra fora é cambota,
Sem dinheiro é liso ou duro,
Monte de lixo é monturo,
Coisa feia é marmota.
Gente de sorte é cagada,
Se não tem é azarada,
Estilingue é baladeira,
Capar o gato é sair,
Levantar-se é aluir,
Ir na tubada é carreira.
Perna fina é cambito,
Alma penada é isprito,
Confusão é siribolo,
Tomar banho é se banhar,
Repetir é remedar,
Lagartixa é carambolo.
Caldo de cana é garapa,
Fiscal na feira é rapa,
Fazer pouco é mangar,
Pendão de milho é boneca,
Bola de gude é peteca,
Mergulhar é tibungar.
Tempo frio é cruviana,
Mulher brava é caninana,
Chapéu de otário é marreta,
Está zangado é mordido,
Está lacado é fumado, (troquei a palavra)
Doido ou pinel é zureta.
Cor de bosta serenada
É de marrom pra mostarda,
Enfiar peido em cordão
É não fazer mesmo nada,
Longe é na taba lascada,
Peteca é bola de mão.
Gambá que eu saiba é mucura,
Pipa sem rabo é sura,
Mulher sem bunda é chulada,
Igualzinho é iscritim,
Sagui pra nós é soim,
Maluco é da pá virada.
Arrasta pé é forró,
Homem ruivo é fogoió,
Sururu é confusão,
Tem calça pega marreca,
Lá violino é rabeca,
Passa raiva é mamão.
Ordinários é mequetrefe,
Açougueiro é magarefe,
Bem longe é na caixa prego,
Physalis é canapu,
Mal humor é calundu,
Pedir penico é arrego.
PS.: não percam na sequência, neste mesmo horário e batcanal, a poesia
A Taça, num formato diferente.