No Piauí se Fala Piauiês

Perna pra dentro é zambeta,

Guri sapeca é capeta,

Perna pra fora é cambota,

Sem dinheiro é liso ou duro,

Monte de lixo é monturo,

Coisa feia é marmota.

Gente de sorte é cagada,

Se não tem é azarada,

Estilingue é baladeira,

Capar o gato é sair,

Levantar-se é aluir,

Ir na tubada é carreira.

Perna fina é cambito,

Alma penada é isprito,

Confusão é siribolo,

Tomar banho é se banhar,

Repetir é remedar,

Lagartixa é carambolo.

Caldo de cana é garapa,

Fiscal na feira é rapa,

Fazer pouco é mangar,

Pendão de milho é boneca,

Bola de gude é peteca,

Mergulhar é tibungar.

Tempo frio é cruviana,

Mulher brava é caninana,

Chapéu de otário é marreta,

Está zangado é mordido,

Está lacado é fumado, (troquei a palavra)

Doido ou pinel é zureta.

Cor de bosta serenada

É de marrom pra mostarda,

Enfiar peido em cordão

É não fazer mesmo nada,

Longe é na taba lascada,

Peteca é bola de mão.

Gambá que eu saiba é mucura,

Pipa sem rabo é sura,

Mulher sem bunda é chulada,

Igualzinho é iscritim,

Sagui pra nós é soim,

Maluco é da pá virada.

Arrasta pé é forró,

Homem ruivo é fogoió,

Sururu é confusão,

Tem calça pega marreca,

Lá violino é rabeca,

Passa raiva é mamão.

Ordinários é mequetrefe,

Açougueiro é magarefe,

Bem longe é na caixa prego,

Physalis é canapu,

Mal humor é calundu,

Pedir penico é arrego.

PS.: não percam na sequência, neste mesmo horário e batcanal, a poesia

A Taça, num formato diferente.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 26/05/2018
Reeditado em 20/12/2018
Código do texto: T6346814
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