VIDA DE NORDESTINO
VIDA DE NORDESTINO
A vida do nordestino,
É sofrida e sem sorte,
É uma porteira sem pino,
Fugindo da sina da morte!
Não sei quem traça o destino,
Dessa cambada do norte,
Que desde muito pequenino,
Cada um é como um caçote,
No bico de um socó,
Mas, nunca pensa em desistir,
Mesmo preso em seu gogó,
Se ele não tem pra onde ir,
Talvez comece dali ou daqui,
A desenrolar esse nó,
Pois, em cada canto do mundo,
Você encontra um nordestino,
Mesmo num sentimento profundo,
Ele segue humilde seu destino,
Sem esquecer, jamais, do norte.
A vida do nordestino,
É narrada no tempo,
No badalar do sino,
No redomoinho e no vento,
Na voz do embolador,
Do cordelista atento,
Do poeta e o contador,
De histórias e invento.
A vida do nordestino,
Parece predestinada,
Veja que em todo menino,
Já descrito sua jornada,
Pois, sua luta é sobreviver,
Buscar em tudo o sustento,
Como acontece, não sei descrever,
Parece um guerreiro do tempo,
Que nunca quer desaparecer.