ACREDITANÇAS
Cresce o menino, o vento se espalha, as rodagens tangidas de sonhos de marcas de duvidas e dor.
O pressagio do tempo teimando encurtar os sonhos ditos rezados e vividos, nas coisas das minhas crenças noveneiras e interioranas em tudo quanto era santo que me apresentavam.
O respeito era tanto, que nunca me atrevi chamar São Benedito de Benê, nem São Gerônimo de Gegê e nem São Pedro de Pedrão.
Nunca fui beato, desses que se rastejam de joelhos em busca do santo devotado feito da barraria pelas mãos do oleiro, ou do madeiramento do carpinteiro.
Respeito a todos, mas me deixem no meu canto incrustrado nos meus próprios pensares, fazeres, dizeres e afins.
Já acreditei em tanta coisa que disseram-me que acho que fiquei foi besta, nessas crençarias beatóricas, retoricas e por todos ditas de forma a tentar convencer a juizança de quem pensa.
O certo é aquilo que você pensa e diz? E o que eu digo não vale a pena ser dito e ouvido pelos teus ouvidos?
Tenha coragem, siga, vá adiante e não espere por mim, pois posso ate me atrasar, admirando outras coisas que o mundo ainda tem pra me mostrar.